Três amigas, vivendo sob o mesmo teto e a mesma crise, contam os dramas, as alegrias e as descobertas que fazem enquanto têm 22 anos e sobrevivem a eles.
Nós temos a força! Sim, nós jovens temos poder para mudar o mundo. E o vídeo super bacana "We All Want to Be Young" nos mostra como. O filme é resultado de pesquisas de uma empresa especializada em tendências de comportamento e consumo, a BOX1824. Vale muito a pena assistir pra entender melhor uma porção de coisas!
Segundo semestre começa logo logo. Tempo de novos começos e mais desafios. Primeiro semestre terminando, 2010, já foi pela metade, e o projeto de aproveitar nossos 22 também! Com isso sugiro uma reflexão a todos que leem... “O que eu fiz nesses 6 meses?” Foram positivos? como vê o seu copo? Meio copo vazio ou meio copo cheio???
Como a Laís previa. Nos encontramos em Ribeirão Preto. Vimos a Copa. Apresentamos o TCC. Nos rimos dos TCCs. Saimos em Ribeirão e descobrimos um novo QG. Passamos mal, não foi suficiente negar. Voltamos às nossas vidas (no meu caso para Argentina, Regina para Tiete e assim por diante). Perdemos a Copa. Ficamos putos. Os Argentinos Perderam a Copa. Ficamos felizes outra vez.
Uma coisa eu percebi enquanto estava em Ribeirão Preto... minha risada é outra quando estou com vocês! Tá bom que eu vivo inventando novas risadas espontaneamente, e que depois todas passam horas me imitando/tirando com a minha cara. (acabei de ter um dejavu de post, isso é possivel?).
Depois de enfrentar tempos de tensão, como apresentar minha monografia, minhas emoções oscilaram outra vez ao extremo com a reunião da patota dos 22. Tanta coisa que por isso devo ter ficado doente, o médico bem disse que foi psicológico. São coisas como essas que me fazem acreditar que ser feliz e fazer coisas boas influi no organismo, e até previne câncer! (Pelo jeito eu tive uma overdose)
Mais do que qualquer outra coisa, ser recém ex universitário, com o canudo a ser impresso, naturalmente vem o frio na barriga, mas sabe que pensar que não estou sozinha meio que ajuda!
É inspirador ver como cada uma é diferente e tem seus planos de vida, ou está tão perdida como você. Uma nova carrera, uma pós no estrangeiro, um trainee de qualidade, etc. Ver como cada um luta a sua maneira, às vezes são justamente os exemplos que precisamos.
Eu ainda caminho para me tornar uma boa e reconhecida (por que não?) profissional, empresária mais especificamente. Caminho ao encontro do equilíbrio (em todos os sentidos possíveis). E da cidade mais mística da Argentina, La Plata, a -3º, posso dizer que meus 22 tem sido bem cheios!! (literalmente, se contar o quanto engordei). Foi uma metade bem aproveitada, e ainda me faltam mais meio copo.
Aulas acabando, tcc (de quem fez) entregue, só faltando apresentar (isso é o de menos, 15 minutinhos fazendo os ppts e 20 apresentando), ultimos trabalhinhos a serem entregues e provas a serem feitas (uma, né Godoy?!)... Depois só teremos aula novamente na Pós...
Semestre interessante, realmente... Acabamos nos encontrando menos que o planejado, mas talvez por isso mesmo tenhamos aproveitado tanto esses momentos... Seja através de uma interminável videoconferência, que como descobrimos só na hora, teve que ser uma teleconferencia... Ou de um bar regado a algumas caipirinhas, cerveja e muita risada. Tivemos também o churrasco de “ex-alunos”, evento nem tão badalado como esperávamos mas divertido, afinal estávamos reunidos. Idas à Joyce ao final das “baladas” para comer o delicioso e recém lançado croissant de chocolate branco.
Algumas decisões importantes foram tomadas, né Rê?! Agora é ver se o destino(??) nos ajuda a colocá-las em prática.
E agora vem o final eee esse final promete!! Com a visita da Sara a Ribeirão Preto e a Copa do Mundo (nessa ordem de importância).
Parafraseando minha irmã-bixete-feliz eu diria: depressão pré-férias. Aquele sentimento que experienciamos ao pensar: “nooossa, que delícia, um mês de férias” e ao mesmo tempo: “nooossa, um mês em casa à toa”.
Só completando, quero registrar aqui o que escreveu Boni na dedicatória de seu TCC (e me fez derrubar algumas lágrimas, confesso):
Aos heróis pacientes que estiveram ao meu lado e me fizeram continuar mesmo quando eu não era capaz de acreditar, ou seja, minha família de sangue pela amizade e os que escolhi, meus amigos pela irmandade.
Como um sorriso vejo a nostalgia, pois é singela, toca fundo, mas não é audível, só faz sentir quem presta atenção, e só o tem quem valoriza os momentos e deles se reabastece.
Como um abraço vejo o presente, pois nos envolve, e quem dele pouco se dá conta, pouco sabe aproveitá-lo, é preciso toca-lo para realmente vive-lo.
Como uma risada vejo o futuro, que loucamente nos contagia, nos faz perder a respiração, derramar lágrimas, carregando de energia a nossa mente e espírito, e nos fazendo andar para frente na esperança de que isso é bom."
Uma pequena poesia para ilustrar o lado carinhoso do tempo. Não muito diferente do que tentamos mostrar aqui com blog.
Para desejar uma feliz páscoa a todo mundo, "gravamos" um videozinho com uma participação especialíssima.Preparem-se para uma surpresa! Hahaha. Espero que vocês gostem! :-)
... em que todas as quintas-feiras nos reuníamos para jantar. Um encontro semanal pra colocar a conversa em dia, desabafar e também falar sobre a saudade dos momentos passados embaixo da mangueira... Não era fácil reunir, mas acabávamos sempre na mesa de algum bar ou, mais provavelmente, na mesa de algum restaurante, lanchonete ou sorveteria.
Assim passamos o segundo semestre de 2009. Apesar de pouquíssimas, ou nehuma, aula juntas, os jantares de quinta garantiram um update constante. Quantos pensamentos mirabolantes e teorias malucas, quantos dramas, confesso que a maioria culpa minha mesmo, mas a Boni sempre colaborava. Ouvimos histórias, fizemos planos, algumas tramas a la Malhação de 2000, que obviamente não deram certo, mas mais do que isso, compartilhamos momentos de diversão e cumplicidade.
Sinto falta das noites de quinta-feira!! De poder ligar e em 1 hora estarmos todas juntas...
Por oooutro lado agora temos as noites de terça-feira, quando a Rê vem pra importantíssima aula de PN2 (Política de Negócios), por favor, não me pergunte do que se trata a aula de PN2, porque eu mesma não saberia dizer, apesar de ter passado algumas horas do semestre passado numa espécie de jogo virtual bastante sinistro (aham... algo assim!!). Nessas noites reunimos a galera, ou os guerreiros remanescentes e rumanos em busca desta sedutora volúvel, a aventura.
Se você decidir sair pela calorosa noite ribeirão–pretana nesse dia da semana é bem provável que nos encontre, em algum bar da cidade, tomando um Brahma Black e falando da vida, dos tempos que passamos juntos, das bobices que já aprontamos, dos amigos que estão longe. No entanto, mais importante ainda falamos de tudo o que pretendemos fazer, juntos ou separados, mas sempre unidos por esse laço incrível...
O tempo voa e nós já estamos no último dia de março. Antes que ele acabe, vou deixar aqui os parabéns aos amigos que fizeram aniversário este mês.
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A nossa blogueira caçula Laís e o nosso amigo Pagano entraram oficialmente para o "clube dos 22" nos dias 14 e 17 respectivamente. Aos dois, o meu desejo de que essa idade seja repleta de alegrias, saúde, amor e paz!
Mal chegou em La Plata, a nossa querida Sara Boni já tem histórias para contar.
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Mas enquanto ela não aparece por aqui, que tal acompanharmos as suas aventuras no seublog pessoal, o Porque não sei ficar quieto? Ela postou por lá um relato das suas peripécias no seu primeiro dia na Argentina.
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Manda ver, Sarinha! De cá, nós te desejamos sucesso!
. Como no filme Chocolate, em que ventos do norte sopravam todas as vezes em que Vianne Rocher (Juliette Binoche) deveria começar uma vida nova, ventos de mudança sopraram sobre a nossa casa nas últimas semanas.
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Após três inesquecíveis anos, a nossa querida república teve o seu fim. O motivo foi a soma de alguns fatores: eu precisei voltar a morar com os meus pais; a Sara (como ela mesma contou aqui) vai passar uma temporada na Argentina; e a Laís, dadas as circunstâncias, acabou optando por morar sozinha ao invés de manter a república.
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Adiei o quanto pude o momento de escrever este post. E o faço hoje com um bocado de saudade. Impossível não senti-la ao lembrar os ótimos momentos que passamos lá. Como as inúmeras conversas no corredor ou na cozinha, os esquentas, as festinhas, as sessões pipoca, as jogatinas ou as visitas constantes dos amigos nos horários mais inusitados.
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Olhando para trás, no entanto, não consigo sentir tristeza por essa fase tão boa das nossas vidas ter chegado ao fim. Tudo o que sinto, além de saudade, é alegria por tê-la vivido! E fico ainda mais feliz por tê-la vivido com quem vivi: meus amigos - pessoas que de tão queridas tornaram-se essenciais e que, estando perto ou longe, estão sempre comigo!
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[Preciso fazer uma observação aqui: já tinha rascunhado este texto quando li o último post da Sara e vi que ela escreveu algo muito parecido com o parágrafo acima. Resolvi mantê-lo, mesmo correndo o risco de ser repetitiva, para provar que, apesar da distância, estamos juntas em pensamento! Hahaha]
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Como se não bastasse, percebo que os ventos de mudança têm trazido consigo oportunidades novas e excitantes para cada uma de nós e sou incapaz de ignorar a sensação que tenho de que, como diria a canção famosa na voz do Sinatra, the best is yet to come...
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Foto: Joe Marlow (Nudibranch)
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"The wind... it's what makes it so warm this time of year. Legend has it, when the Santa Anas blow, anything can happen." - Miles (Jack Black) para Iris (Kate Winslet), no filme O Amor Não Tira Férias.
Acredito quefoi uma das coisas que mais me marcou do filme Up in the air, apesar de ser um filme cheio das reflexões, “viajar é viver”, não pôde ter ficado mais na minha cabeça. Sei que parece um assunto batido, mas do clichê vamos e voltamos, citamos e os repudiamos, talvez porque ele sempre traz alguma verdade. Já dizia alguém x, As 4 melhores coisas da vida são viajar e comer (será que alguém discorda?)
Viajar é mais que ir e vir, fazer malas, gastar economias, ficar perdida, não entender direito a língua e fazer coisas que não devia. Viajar é descobrir, conhecer, ir além. Falo isso, porque mais do que nunca posso ver que, com 22, nós não seríamos as mesmas sem as nossas experiências, seja viajando para Europa, America Latina ou mesmo pro Pará (quase outro mundo eu diria).
Viajar mais do tudo é agir, pensar em agir, agir sem pensar. É ficar fora de si, para encontrar a si mesmo. Nada melhor que ser transportado para outra dimensão e dar de cara com milhões de coisas que não conhece, para ver se reconhece um pouco do que é mesmo você.
Como quando alguém diz que você está “viajando”, não literalmente, é o mesmo que dizer que está louco, ou sem sentido ou noção, mas na verdade você está explorando o desconhecido, até que algo se relacione com a realidade, ou seja, viajar é imaginar.
Uma das idéias do filme é, que a bagagem numa viagem pode ser determinante. O que você leva com você, quanto pesa a sua vida, o que você é capaz de carregar e o que é mais do que você pode suportar. Logo, viajar ajuda a pensar na suas prioridades, seus objetivos e tudo que é desnecessário no mundo.
E como todas idas e vindas (ops, esse é outro filme), algo fica. E o que deixamos para trás pode ser nosso rastro, pelo qual saberemos o caminho de volta para casa. Pensar que tem tanta gente que prefere o rastro da discórdia que da afinidade e compaixão, seria o bastante para nos perder. O melhor é quando nos damos conta, que quanto mais deixamos de nós, maiores ficamos.
Sinto-me feliz em perceber o tanto de gente que tenho para sentir saudades, conversar no skype, comprar lembrancinhas baratas e ver as fotos que postar no Orkut. Mesmo que o limbo, e as mudanças de fase distancie as amizades que construímos, sabendo que a alma não tem raízes (segundo Fernando Pessoa), fica com a gente onde quer que estejamos, a família que conquistamos.
Não foi com o drama que me inspirei, e sim com a poesia por trás de cada despedida. Fico imaginando onde cada um está agora, seguindo sua viagem, no próprio itinerário de suas vidas, atrás de seus objetivos e destinos. Eu por hora vou para a Argentina, mas dedico este post para a irmandade, que unida, porém independente reconhece mais do que nunca o poder de se deixar ir, descobrir, conhecer, agir, imaginar, sentir ... viajar.
Terminei de ler semana passada o livro Julie & Julia e achei que teria tudo a ver falar sobre ele aqui. Afinal, ela já tinha passado dos 22 anos, mas estava em crise. E ela fez o quê? Criou um projeto e o contou em um blog!
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Para dar um sentido à sua vida, a secretária Julie Powell, 29 anos, resolveu preparar, no prazo de 1 ano, todas as 524 receitas do livro Mastering the Art of French Cooking - um clássico de Julia Child, a mulher que, na década de 60, apresentou a culinária francesa às donas de casa norte-americanas. Durante 365 dias, Julie cozinhou insanamente na apertada cozinha do seu apartamento, sem saber bem o porquê estava fazendo aquilo. No final, entretanto, ela acabou tirando dessa experiência muitas lições e mudando radicalmente a sua vida.
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Foto: Reprodução
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Confesso que, assim que comecei a ler o livro, fiquei um pouco irritada com o mau humor e o pessimismo com que a autora encarava a sua própria rotina. Eu a achava um pouco exagerada, reclamona demais. E por este motivo a minha leitura levou um bom tempo até engrenar. Ao longo do livro, no entanto, me deparei com diversas situações narradas da forma mais divertida possível e fui agradavelmente surpreendida por algumas mensagens de otimismo e esperança. Destaque para o trecho que apresenta aqueles que Julie considera serem os 3 modelos de vida básicos que se pode adotar quando se tem 20 e poucos anos... Engraçadíssimo!
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Por fim, acabei gostando do livro e ficando com vontade de assistir ao filme homônimo. Estou curiosa porque ele não mostra apenas a história da Julie, mas também a da Julia, sobre a qual sei muito pouco. Sei apenas que, além dos livros de receitas, ela escreveu uma autobiografia intitulada Minha vida na França e que, da mesma forma que a sua seguidora, conseguiu mudar o rumo da sua vida quando muitos diziam que ela não tinha mais idade para isso. Duas histórias que podem ser bastante inspiradoras.
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Não bastasse a minha curiosidade pelo enredo, o filme é estrelado por Meryl Streep e Amy Adams! Confiram aqui o trailer:
. Sabe aquele tempo que você passa no limbo entre ser estudante ou formado?? Pois é!! Estamos nele bem agora!! Esse semestre e talvez o próximo (meu tcc está beeem parado)! Você tem 1 matéria pra fazer e o danado... Às vezes só o danado! . Fase de incertezas!! Você não pode prestar programas de estágio (previsão de formatura dezembro de 2011) e os trainees só abrem mais no final do ano. O contrato de aluguel tá vencendo e o proprietário quer o apê. Ninguém sabe se volta pra a casa dos pais ou não (pode confessar que bate aqueeele desespero só de pensar nisso!!). Além disso, obviamente, você nem sonha se sustentar sem a ajuda de seus pais. E o estágio anda insuportááááável! . Na faculdade você não conhece mais ninguém! A maioria dos seus amigos se formou. Quando vc encontra um bixo da cidade de algum amigo e pensa em perguntar se eles se conhecem (no mundo ovo em que vivemos elas sempre vão acabar se conhecendo, isso sempre me intrigou e merece até um post!!) logo percebe que só se for amigo de primo, porque não tem mais a mesma faixa etária!! Percebemos isso na chopada dos bixos desse ano... Na qual você não pode beber afinal tem que levantar as 7:00 para trabalhar... . Tá, no final você se decide e o melhor é saber que qualquer decisão é a certa. Você tem 22 anos e a vida inteira pra fazer escolhas, acertar, errar, recomeçar... Pode ir pra casa dos pais, parar um pouco pra pensar, ter café da manhã, almoço e jantar todos os dias, televisão com 245 canais, solzinho pela manhã na beira da piscina, estudos, diversão com os irmãos (a menos q eles tenham 12 anos e estejam na tão ditante "aborrescência"). Pode viajar pra conhecer novas culturas e pessoas. Pode ficar onde está... . Enfim, a sorte está lançada!!
. Já há algum tempo, nossos amigos nos têm cobrado novos posts... Não, nós não desistimos do Projeto 22, galera! Mas é que os 22 anos têm sido muito mais agitados do que esperávamos. Assunto para escrever sobre não nos falta. Muitas coisas já nos aconteceram nestes 2 primeiros meses do ano e, aos poucos, nós as contaremos todas. . Pra começar, a aventura que vou contar aqui hoje é a que vivemos mais recentemente: a nossa viagem de carnaval! Se o carnaval em si já é bom por causa dos 4 dias de descanso - ou não - e pelo clima de festa, experimente adicionar a ele as suas melhores amigas, tafulhar muitas malas em um carro, dar um jeito de faltar a mais dois dias de trabalho pra completar a semana de folga, por o pé na estrada em direção a praia, ao som de uma trilha sonora nada menos que bombante, e... pronto! Você terá um carnaval per-fei-to! . Pois foi exatamente o que fizemos nós três e uma super amiga nossa, a Vá. Fomos para a casa dela na praia. Praia no carnaval? Alguns podem ter imaginado a cidade que de repente teve a sua população triplicada e passou a abrigar enormes filas em supermercados e o trânsito da marginal Tietê. Sabemos disso porque temos amigos "crias do Guarujá" que demoraram um pouco a entender qual era o esquema da "praia da Vá" quando contamos. Definitivamente, ela não tem nada a ver com isso. A casa fica afastada 17km do centro da cidade, dos quais 4km são de areia; lá não existe cobertura de sinal de celular - a não ser quando se está no topo de uma escada que fica apoiada no telhado da casa e um determinado vento do oeste colabora, trazendo o bendito sinal; lá por perto as ruas não têm iluminação a noite; e não, você não vai encontrar ninguém vendendo sorvete, milho verde, água de coco, cangas, acessórios hippies ou qualquer outra coisa na praia. No entanto, é exatamente tudo isso que torna aquele lugar tão legal! A casa fica pertíssimo da praia, que é ótima, tranquila, quase deserta e super limpinha! Tivemos dias deliciosos de muito sol, caminhadas com os pezinhos na areia, banhos de mar revigorantes, intermináveis risadas e - por que não? - crescimento. . Embora todas nós já tenhamos morado sozinhas e viajado sozinhas, esbarramos na compreensível desconfiança de pessoas próximas a nós de que não conseguiríamos nos virar por lá. Pra vocês terem uma ideia, vou reproduzir aqui o trecho de um dos e-mails intitulados "BOLETIM PRAIA 2010", que trocamos poucos dias antes da viagem. Este foi o primeiro deles, enviado pela Vá. Lá vai: . "[...] Comecei preparando a família aqui né, hahaha, já tinha falado, meu pai acreditou desde o início, minha mãe ainda não acredita! Vejam a conversa de hoje: PAI: Ele tá achando é pouco, adorando a ideia dessa nossa "independência", só lembrou que são pelo menos 7 horas de viagem! MÃE: "Vocês são doidas, o carro atola, a energia acaba" Eu ria por dentro e por fora... Razão ela tem, mas é uma experiência necessária para o nosso amadurecimento!" . Quando digo que a desconfiança por parte das pessoas próximas a nós era compreensível é porque, de fato, apesar de sermos todas metidas a independentes, esta experiência era nova para nós. Não estávamos com as nossas mães ou tias, que voltam da praia um pouco mais cedo para preparar o nosso almoço e se encarregam de manter a casa arrumada; nem com os nossos pais, irmãos, ou amigos homens que fossem, que geralmente ficam responsáveis por carregar tudo para a praia e armar coisas do tipo guarda-sol. Quero dizer, pelo menos nos primeiros dias. Na quarta-feira, o Pagano, um grande amigo nosso, foi pra lá passar o resto da semana. . Se essa viagem foi um teste, nós passamos nele com louvor. É com orgulho que conto que nós enfrentamos sem dificuldades situações como matar baratas, desinstalar e carregar antenas parabólicas (da próxima vez também a instalaremos sem qualquer ajuda, estejam certos!) e montar a tenda de praia. Está bem, talvez nesta última situação tenhamos encontrado um pouco de dificuldade, mas que fique claro que foi um pouquinho só. Nunca vou me esquecer de nós 4 na varanda, sem qualquer manual, encarando aquelas barras de metal e tentando imaginar como é que elas se encaixariam enquanto elas nos encaravam de volta. Passados alguns momentos de reflexão, a Vá grita: "Gente! Mas como nós somos burras! É LÓGICO que esta barra se encaixa nessa aqui, ó!" Confesso que não achei que parecesse tão lógico assim, aquela barraca era completamente diferente de qualquer outra que eu já tivesse visto. Mas enfim, o que importa é que descobrimos como montá-la e, se mesmo depois disso ainda nos atrapalhamos um pouco para transportá-la até a praia no primeiro dia, nos dias seguintes fizemos tudo com a maior facilidade. Interessantes foram os comentários que abusavam de jargões administrativos que fizemos a respeito disso: "Nossa! Incrível observar a nossa curva de aprendizagem montando a tenda." "É, nós realmente adquirimos know-how nisso." . Mas não foi apenas a experiência que foi diferente. Também pudemos perceber, em alguns momentos, que nós estamos diferentes, que mudamos. Há alguns dias, li a seguinte frase numa crônica do Luis Fernando Veríssimo: "Na nossa casa, sabemos que estamos ficando velhos quando passamos do grupo que diz "Bota mais alto" para o que diz "Não dá pra abaixar um pouquinho?"" Pois nós já não ouvimos mais música no volume em que ouvíamos antigamente. E também mostramos um pouco mais de prudência ao tomar sol (embora eu ainda tenha me queimado muito!). E cozinhamos. E passamos as noites assistindo aos desfiles pela TV. E, estando em 4 pessoas, bebemos apenas 24 latinhas de cerveja em 9 dias! . Concluímos então que estamos envelhecendo. E o mais surpreendente nisso é que não achamos ruim! Pensando sobre isso esses dias, me veio à cabeça uma frase que a minha mãe me disse certa vez: "A liberdade vem com a responsabilidade." Como sempre, ela estava certa. Se entramos em crise ao completar 22 anos, em parte talvez tenha sido porque sentimos as nossas responsabilidades aumentando a cada dia e com elas a pressão que cai sobre nós. Por outro lado, sabemos que estamos na "flor da idade", como dizem. Sabemos que ainda temos a vida toda pela frente. Sabemos que temos muito que aprender e aproveitar. E nunca nos sentimos tão... livres! Essa viagem divertidíssima dificilmente aconteceria se tivéssemos 18 anos. E deve ter sido isso que a Laís pensou no primeiro dia de carnaval, quando virou para nós dentro do carro e disse: "Meninas, pensem... Esta não é a idade que vocês sempre quiseram ter?"
Pra vocês conhecerem um pouco melhor as blogueiras que lhes escrevem, decidimos fazer uma série de posts com descrições nossas. Cada uma de nós terá o seu perfil definido pelas outras duas. . Mas já vamos adiantar, neste post, algumas informações básicas que se aplicam a nós três:
Somos todas estudantes de administração semi-formadas e sub-empregadas;
Moramos numa república que já foi chamada de As Panteras Detonando (ah... os 19 anos!), mas hoje é só Rep. Panteras mesmo. Ou Rep. Angels para os íntimos;
Estamos quase sendo despejadas, uma vez que o proprietário do apê o quer de volta para a sua filha e não conseguimos encontrar outro;
Informação um tanto quanto óbvia: temos 22 anos ou quase, mas já vivemos a crise;
Outra um tanto óbvia também: sabemos fazer um drama;
Gostamos de uma festa (até demais!) e ficamos sempre até o final daquelas a que vamos;
Adoramos reunir as amigas, as malas e por o pé na estrada! Principalmente se os destinos forem praia ou jogos universitários;
Amamos as nossas respectivas famílias, mas a ideia de voltar a morar com elas, no intervalo entre formar e arranjar um emprego decente, não nos parece lá muito animadora.
Bom, acho que por este post é isso. . Ah! E aqui estão algumas fotos daquela que serve de palco para muitos dos nossos momentos divertidos, a nossa sweet home! Confiram: .
Coisas que só existem em repúblicas e coisas que só existem na Rep. Angels
1- Colchão usado como sofá / 2- Escadinha usada como estante / 3- Congelador que só tem gelo / 4- A Portati, nosso cone / 5- Quadrinho "Angels" feito pela Laís!
. Ao completar 7 anos, você entrou na 1ª série e se sentiu grande, importante.
. Ao fazer 10, você achou o máximo "completar as duas mãos".
. Ao comemorar os 15, que delícia! Você fez aquela super viagem com as amigas, ou ganhou a festa dos seus sonhos, ou os dois, ou nenhum, mas você tinha 15 anos, não havia preocupações na sua cabeça, e isso bastava para ser feliz.
. Aos 17, you were the dancing queen, young and sweet, having the time of your life... Preocupou-se com o vestibular e tinha dúvidas quanto ao curso, mas sabia que devia fazer uma faculdade e as perspectivas da vida universitária a animavam. Sem falar da inesquecível viagem de formatura para Porto Seguro...
. Ao completar 18, UHUL! Você tinha a idade que sempre quis ter, entrou na faculdade, tirou carta, foi morar sozinha e se sentiu uma mulher independente, mesmo ganhando mesada do pai e levando a sua roupa para ser lavada pela mamãe todo final de semana.
. Aos 19, a primeira crise. Afinal, a idade mágica dos 18 havia acabado, um prenúncio de que você envelheceria. Mas você continuava na faculdade, preocupada apenas em não pegar nenhuma depê e se acabar nas quatro baladas semanais (sim! aos 19, você aguentava ir direto da balada para a aula no dia seguinte, lembra?), o que fez com que esta idade fosse maravilhosa também.
. Agora, você tem 22! Fica desesperada, começa a mentir a idade e sente chegar a pior crise de todos os tempos! Você está prestes a se formar, não tem um emprego (pelo menos não um tão bom quanto você merece) e nas reuniões familiares, todos os seus parentes lhe perguntam o que você vai fazer da vida (como se você fizesse a mínima ideia) e se você está namorando porque, afinal, você já "está na idade" e, se quiser ter quatro filhos, deve se casar... amanhã! Você ainda se sente young and sweet, mas as pessoas começam a fazê-la pensar que está velha, que já não pode mais fazer algumas coisas e que está na hora de virar gente grande como os seus pais. O QUE FAZER?
. Se eu disser aqui que nós vamos responder a esta pergunta, estarei mentindo. Nós também não temos a menor ideia. O que pretendemos com o Projeto 22 é dividir experiências com muito bom humor e (quem sabe?) descobrir que os 22 são os novos 18.