quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O carnaval na praia!

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Já há algum tempo,
nossos amigos nos têm cobrado novos posts... Não, nós não desistimos do Projeto 22, galera! Mas é que os 22 anos têm sido muito mais agitados do que esperávamos. Assunto para escrever sobre não nos falta. Muitas coisas já nos aconteceram nestes 2 primeiros meses do ano e, aos poucos, nós as contaremos todas.
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Pra começar, a aventura que vou contar aqui hoje é a que vivemos mais recentemente: a nossa viagem de carnaval! Se o carnaval em si já é bom por causa dos 4 dias de descanso - ou não - e pelo clima de festa, experimente adicionar a ele as suas melhores amigas, tafulhar muitas malas em um carro, dar um jeito de faltar a mais dois dias de trabalho pra completar a semana de folga, por o pé na estrada em direção a praia, ao som de uma trilha sonora nada menos que bombante, e... pronto! Você terá um carnaval per-fei-to!
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Pois foi exatamente o que fizemos nós três e uma super amiga nossa, a Vá. Fomos para a casa dela na praia. Praia no carnaval? Alguns podem ter imaginado a cidade que de repente teve a sua população triplicada e passou a abrigar enormes filas em supermercados e o trânsito da marginal Tietê. Sabemos disso porque temos amigos "crias do Guarujá" que demoraram um pouco a entender qual era o esquema da "praia da Vá" quando contamos. Definitivamente, ela não tem nada a ver com isso. A casa fica afastada 17km do centro da cidade, dos quais 4km são de areia; lá não existe cobertura de sinal de celular - a não ser quando se está no topo de uma escada que fica apoiada no telhado da casa e um determinado vento do oeste colabora, trazendo o bendito sinal; lá por perto as ruas não têm iluminação a noite; e não, você não vai encontrar ninguém vendendo sorvete, milho verde, água de coco, cangas, acessórios hippies ou qualquer outra coisa na praia. No entanto, é exatamente tudo isso que torna aquele lugar tão legal! A casa fica pertíssimo da praia, que é ótima, tranquila, quase deserta e super limpinha! Tivemos dias deliciosos de muito sol, caminhadas com os pezinhos na areia, banhos de mar revigorantes, intermináveis risadas e - por que não? - crescimento.
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Embora todas nós já tenhamos morado sozinhas e viajado sozinhas, esbarramos na compreensível desconfiança de pessoas próximas a nós de que não conseguiríamos nos virar por lá. Pra vocês terem uma ideia, vou reproduzir aqui o trecho de um dos e-mails intitulados "BOLETIM PRAIA 2010", que trocamos poucos dias antes da viagem. Este foi o primeiro deles, enviado pela Vá. Lá vai:

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"[...] Comecei preparando a família aqui né, hahaha, já tinha falado, meu pai acreditou desde o início, minha mãe ainda não acredita! Vejam a conversa de hoje:
PAI: Ele tá achando é pouco, adorando a ideia dessa nossa "independência", só lembrou que são pelo menos 7 horas de viagem!
MÃE: "Vocês são doidas, o carro atola, a energia acaba" Eu ria por dentro e por fora... Razão ela tem, mas é uma experiência necessária para o nosso amadurecimento!"
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Quando digo que a desconfiança por parte das pessoas próximas a nós era compreensível é porque, de fato, apesar de sermos todas metidas a independentes, esta experiência era nova para nós. Não estávamos com as nossas mães ou tias, que voltam da praia um pouco mais cedo para preparar o nosso almoço e se encarregam de manter a casa arrumada; nem com os nossos pais, irmãos, ou amigos homens que fossem, que geralmente ficam responsáveis por carregar tudo para a praia e armar coisas do tipo guarda-sol. Quero dizer, pelo menos nos primeiros dias. Na quarta-feira, o Pagano, um grande amigo nosso, foi pra lá passar o resto da semana.
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Se essa viagem foi um teste, nós passamos nele com louvor. É com orgulho que conto que nós enfrentamos sem dificuldades situações como matar baratas, desinstalar e carregar antenas parabólicas (da próxima vez também a instalaremos sem qualquer ajuda, estejam certos!) e montar a tenda de praia. Está bem, talvez nesta última situação tenhamos encontrado um pouco de dificuldade, mas que fique claro que foi um pouquinho só. Nunca vou me esquecer de nós 4 na varanda, sem qualquer manual, encarando aquelas barras de metal e tentando imaginar como é que elas se encaixariam enquanto elas nos encaravam de volta. Passados alguns momentos de reflexão, a Vá grita:
"Gente! Mas como nós somos burras! É LÓGICO que esta barra se encaixa nessa aqui, ó!" Confesso que não achei que parecesse tão lógico assim, aquela barraca era completamente diferente de qualquer outra que eu já tivesse visto. Mas enfim, o que importa é que descobrimos como montá-la e, se mesmo depois disso ainda nos atrapalhamos um pouco para transportá-la até a praia no primeiro dia, nos dias seguintes fizemos tudo com a maior facilidade. Interessantes foram os comentários que abusavam de jargões administrativos que fizemos a respeito disso: "Nossa! Incrível observar a nossa curva de aprendizagem montando a tenda." "É, nós realmente adquirimos know-how nisso."
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Mas não foi apenas a experiência que foi diferente. Também pudemos perceber, em alguns momentos, que nós estamos diferentes, que mudamos. Há alguns dias, li a seguinte frase numa crônica do Luis Fernando Veríssimo:
"Na nossa casa, sabemos que estamos ficando velhos quando passamos do grupo que diz "Bota mais alto" para o que diz "Não dá pra abaixar um pouquinho?"" Pois nós já não ouvimos mais música no volume em que ouvíamos antigamente. E também mostramos um pouco mais de prudência ao tomar sol (embora eu ainda tenha me queimado muito!). E cozinhamos. E passamos as noites assistindo aos desfiles pela TV. E, estando em 4 pessoas, bebemos apenas 24 latinhas de cerveja em 9 dias!
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Concluímos então que estamos envelhecendo. E o mais surpreendente nisso é que não achamos ruim! Pensando sobre isso esses dias, me veio à cabeça uma frase que a minha mãe me disse certa vez:
"A liberdade vem com a responsabilidade." Como sempre, ela estava certa. Se entramos em crise ao completar 22 anos, em parte talvez tenha sido porque sentimos as nossas responsabilidades aumentando a cada dia e com elas a pressão que cai sobre nós. Por outro lado, sabemos que estamos na "flor da idade", como dizem. Sabemos que ainda temos a vida toda pela frente. Sabemos que temos muito que aprender e aproveitar. E nunca nos sentimos tão... livres! Essa viagem divertidíssima dificilmente aconteceria se tivéssemos 18 anos. E deve ter sido isso que a Laís pensou no primeiro dia de carnaval, quando virou para nós dentro do carro e disse: "Meninas, pensem... Esta não é a idade que vocês sempre quiseram ter?"


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8 comentários:

  1. Crias do Guarujá?? Hã!
    Muito bom o post, irmã gina!
    Ta com um pé no jornalismo já?
    Um beijo

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  2. reeeee
    ficou otimo
    Que viagem loka fiiiiiiii


    ler me deu uma saudade, apesar de que nao via a hora de voltar, 7 dias de praia e sol eh demais pra mim... huiahuiahuiahuiaua

    mas vou guardar pra sempre nossos momentos, eh tao facil rirmos todas juntas, e eh uma alegria tao pura que eh bom ate de lembrar!

    22 ta soh comecando, ja te falei neh, orgulho de vc ser jornalista flor!
    hiahiuahuia

    bjos, e viva as irma!

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  3. Irmãos!

    Obrigada! Fico feliz que vocês tenham gostado.

    Você tem razão, Sara, a gente não precisa de muito pra se divertir, estar junto basta! Também já estou com saudade dos nossos dias lá na praia!

    E, por enquanto, eu não passo de uma blogueira (quem é que não gosta dessa palavra mesmo? a Laís?). Mas quem sabe, um dia, eu não viro uma jornalista mesmo?

    Beijos ;)

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  4. Curti a nova trilha sonora do blog ;)

    eh noi

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  5. Como sempre, ela estava certa!!
    hauhauhua

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  6. Lá, você mais do ninguém sabe que minha mãe sempre acerta, né? Hahahaha

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  7. meninas, curti mto o blog!
    bjoo!!=D Leticia Coelho

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  8. Valeu, Letícia!
    Que legal você por aqui!
    Beijos

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